SociedadeO homem disse para o amigo:
— Breve irei a tua casa
e levarei minha mulher.
O amigo enfeitou a casa
e quando o homem chegou com a mulher,
soltou uma dúzia de foguetes.
O homem comeu e bebeu.
A mulher bebeu e cantou.
Os dois dançaram.
O amigo estava muito satisfeito.
Quando foi hora de sair,
o amigo disse para o homem:
— Breve irei a tua casa.
E apertou a mão dos dois.
No caminho o homem resmunga:
— Ora essa, era o que faltava.
E a mulher ajunta: — Que idiota.
— A casa é um ninho de pulgas.
— Reparaste o bife queimado?
O piano ruim e a comida pouca.
E todas as quintas-feiras
eles voltam à casa do amigo
que ainda não pôde retribuir a visita.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Alguma Poesia'
4 comentários:
Oi Elaine, lindo o poema. Nos meus dezessete anos o poema da vez era "Soneto de Fidelidade" de Vinícius de Moras.
Uma ótima semana pra vocês
beijos
Chris
Inventando com a Mamãe
Olá amada!! amei seu blog muito caprichado, muito lindo!!
Amei o poema também!!
Estava visitando blogs e vim conhecer seu cantinho...Parabéns pelo espaço e muito sucesso no seu blog...Te seguindo
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LINDA SEMANA!!
BJOS
Querida, viajei lendo esse poema...
Como o ser humano é falho.
Altas reflexões, obrigada.
bjs
Adoro quando me vejo diferente nas mesmas leituras...
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