Fiquei pensando no seguinte se tenho dificuldade de educar a mim mesma como poderei conseguir educar meu(s) futuro(s )filho(s )que desejo ( Sim já encomendei a Deus e sei que virá no momento certo). Coincidência ou não o livro que estava lendo na sala de espera era "Quem ama, educa" de Içami Tiba. Gente o livro é revelador, constrangedor e só os pais corajosos devem ter lido( ou quem ainda não é mãe como eu).
Porque quando não se tem filhos é muito fácil falar da educação ou falta dela nos filhos dos outros né?
Enfim comecei a lê-lo porque tenho muito interesse a respeito da educação infantil, sou pedagoga, trabalho com Educação infantil ( no momento de licença médica) , quando estava em sala de aula adotei a seguinte postura: Jamais irei falar com os pais a respeito da educação de seus filhos, pela simples questão que eu achava que os filhos são o reflexo dos pais! Muitas vezes quando os professores reclamam aos pais de uma criança violenta fatalmente elas apanham quando chegam em casa porque é a forma que os pais se acostumaram a "educar"!
Se um professor fala com o pai à respeito de uma atitude tirana de seu filho, o pai questiona a situação e faz com que o filho de causador se torne a vítima da tirania.
Então eu fazia a minha parte como educadora, resolvia eu mesma o conflito que ocorria no cotidiano escolar: dialogando com alunos, levando a situação para todos da turma e todos chegavam à solução sensata! Essa metodologia vi em um dos livros de Rubem Alves!
É lógico sem dá muita importância a algo pequeno e nem dar pouca importância a algo relevante; algumas vezes conversava com os pais que se mostravam dispostos a complementar o trabalho que era feito em sala de aula.
Mesmo assim ainda fui agredida verbalmente por um pai uma vez, por causa de um chinelo que um aluno perdeu no momento da saída e portanto eu não tinha como ver o tinha acontecido pois muitos alunos já tinham ido embora!
No outro dia, descobrimos que um aluno tinha furtado, resolvemos eu e a coordenadora sem constrangimentos,o chinelo foi recuperado e o pai agressor não teve a dignidade de pedir Desculpas!Fiquei super humilhada e naquele momento não sabia como me defender, na verdade queria processar, queria fazer uma ocorrência formal, pensei até pedir a transferência da escola, porque não poderia trabalhar numa escola que aceitasse que os pais tratassem seu funcionários assim!
Também sou coordenadora em outra escola , lá percebi que falta conhecimento e oportunidades para os pais e filhos: desemprego, miséria etc
Lá não trabalhei muito tempo; assim que entrei tive o acidente, mas uma das ações que fizemos foi que conseguimos (eu e a outra coordenadora) encher um ônibus com alunos e o levamos para
Feira pan amazônica do livro... Gente juro que teve uma mãe que veio falar comigo constrangida e disse assim: " A Senhora não acha muito chique esse lugar para eles irem, eu vi na TV é tão chique" ( Hangar)
Nessa escola os pais que me ensinaram muitas coisas, para essa escola estou contando os dia para voltar!
No livro o Autor diz " Pais precisam se educar para poderem educar seus filhos"acredito nisso!
À Medida que leio o livro consigo relacionar e entender muito bem muitas coisas da realidade!
E a me educar também, porque não? Acredito que Educação é para uma vida inteira!
Muito antes de ler o livro já acreditava nisso, o livro está me dando o respaldo teórico do que eu havia percebido na prática, convivendo com tantos alunos indefensos, que tem os pais como as melhores pessoas do mundo, mesmo quando esses pais não estão realmente dispostos(diga-se preparados) a dar aos filhos a educação para a felicidade pautada na ética, valores cidadania e relações sócio-afetivas de fato!
6 comentários:
Elaine, eu lí o livro "quem ama educa", olha, recomendo a todos os pais(uns mais que outros) Meu filho tem "alguns" amiguinhos, que eu proibi de levar para sair com a gente, pq fico superconstrangida com a atitudes deles: Imagine que um apontou o dedo na cara de uma mulher(nós nem conheciamos a mulher) para por defeito, depois este mesmo garoto chamou uma senhora na rua de velha,nossa se é meu filho, apanha onde estiver. MEU DEUS! cadê os pais dessas crianças? Mas graças a Deus eu nunca precisei agir mais severamente com ele, pois é muito bem educado, somos muito presentes na vida dele, e jamais brigariamos com uma professora, ou quem quer que seja por irresposabilidade dele.
Elaine...tomara que Deus te mande logo a encomenda!!! Vc será uma mãe maravilhosa
bjs
Amiga, ainda não li este livro, mas tenho muita vontade! Olha, concordo com vc, algumas crianças são mesmo o reflexo dos pais, mas não é sempre, do mesmo jeito que nem todos os professores merecem total respeito. Claro que NUNCA briguei com nenhum professor da minha filha, nem nunca falei mal de nenhum na frente dela, mas que alguns merecem um puxão de orelha...Ah, isso merecem!!
Beijos!!
Elaine, obrigada pelo carinho, pelas palavras!
beijos
Elaine, vc me parece uma excelente educadora. Consciente e dedicada. Com seus filhos, não será diferente.
Eu costumo dizer que só me tornei uma "mãe de família" depois do nascimento da minha Cecília. Antes, eu era extremamente desleixada com as tarefas do lar, com a alimentação, com a organização (Tá bom, o "extremamente desleixada" foi exagero. rsrs) Quando as mulheres falam que a maternidade transforma suas vidas, é a isso que se referem também.
Penso que, para as mães educadoras as coisas podem ser mais fáceis. Elas já têm um conhecimento teórico (e prático também)sobre o melhor modo de educar.
Tenho certeza de que com vc vai correr tudo bem.
Bjão.
Elaine, vc já leu algum livro do Augusto Cury? Se não leu, comece por "Pais brilhantes, Professores fascinantes". Você vai querer ler todos os outros, assim como aconteceu comigo! :)
Não li todos os livros dele pois me falta tempo, mas já li vários (e ouvi um em audiolivro) e estou fazendo uma pós-graduação à distância baseada na teoria dele, de inteligência multifocal.
Recomendo muito!
B-jão!
Oi Elaine!
Muito bom seu texto e a maneira que se posiciona com seus alunos.
Já fui professora, não me identifiquei com a profissão e saí. Há muitos absurdos que não podemos resolver e isso me deixava impotente e frustrada.
A realidade dos alunos na casa deles também não ajuda, é fato.
Beijo grande e bom sábado.
Clau
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